terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Casas Bahia roda loja virtual sobre os seus próprios mainframes

Por Vinicius Cherobino

Conhecida por preferir tecnologia internamente, rede varejista tem capacidade de suportar 6 mil transações simultâneas por segundo no portal.

Após investir 3,7 milhões de reais e dois anos em projeto, a Casas Bahia entrou no setor de comércio eletrônico. Como não poderia deixar de ser, as metas da empresa são agressivas.

De acordo com a área de comunicação da Casas Bahia, o objetivo da rede é reproduzir os 27% de participação no varejo físico dentro do comércio eletrônico. “A Casas Bahia quer ter, em 10 anos, 25% do e-commerce no Brasil”, disse Sonia Mitaini, da área de comunicação corporativa da empresa.

Conhecida por manter uma infraestrutura de TI ‘in-house’, a rede varejista optou por rodar a loja virtual sobre o seu próprio mainframe. A capacidade atual do portal é de 6 mil transações simultâneas por segundo, segundo a companhia.

O portal conta com segurança feita pela IBM, parceira antiga da rede varejista, além de Clear Sale, para análise das informações transacionais no ambiente online. a Aunica, para web analitics e a Atlas Solutions, plataforma de monitoramento e hospedagem de campanhas de mídia online.

Procurada, a IBM afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

A loja virtual vai estar apoiada em uma estratégia diferenciada de pagamento. O mesmo peso que teve o boleto bancário para a expansão da rede física, aposta a Casas Bahia, terá o cartão de crédito com a marca própria da rede feito em parceria com o banco Bradesco. “Quando lançamos, em 2005, a meta era termos 4,5 milhões de emissões. Atingimos em janeiro 5,7 milhões”, relata Sonia.

Competição acirrada
Se no mercado de varejo físico a Casas Bahia é o grande bicho-papão com 27% do mercado, ela vai encontrar um cenário completamente diferente na internet.

A B2W, formada em novembro de 2006 com a fusão da Americanas.com e do Submarino, congrega 54% do mercado de comércio eletrônico no Brasil, de acordo com dados da e-bit de 2007.

Especialmente após a entrada do Wal-Mart em comércio eletrônico, conhecido por sua política de preços agressiva, a tendência do setor é registrar uma competição ainda mais agressiva.

O interesse no setor é justificado. Dados preliminares da e-bit de 2008 dão conta que o setor de comércio eletrônico brasileiro movimentou 8,2 bilhões de reais no ano, o que significa alta de 30% ante 2007.

Um dos maiores desafios da rede varejista nesta estratégia está em garantir diferenciação dos concorrentes. De acordo com a empresa, isso será atingido com a combinação da utilização de vídeos de produtos no YouTube, utilização das lojas reais para entrega de produtos e colaboração web.

"Nossa preocupação era que os computadores ficassem acessíveis ao nosso público-alvo, que sempre foi a classe C, D e E. A democratização do acesso começou a acontecer faz dois anos", resumiu Sonia, explicando a 'demora' para entrada no setor.


Fonte: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2009/02/02/casas-bahia-roda-loja-virtual-sobre-os-seus-proprios-mainframes/

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