quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Fabricantes de PCs se arriscam em aposta em celular inteligente

Por Kelvin Soh

TAIPÉ (Reuters) - Os fabricantes de computadores que estão correndo para entrar no florescente segmento dos celulares inteligentes provavelmente não conseguirão cumprir seus ambiciosos planos de capturar mercado hoje controlado por concorrentes como Nokia e Apple.

A Dell e a Acer, segunda e terceira maiores fabricantes mundiais de computadores, anunciaram ou tiveram seus nomes vinculados a lançamentos de celulares inteligentes, recentemente, se unindo à Hewlett-Packard e à Lenovo, em esforço por disputar esse segmento de alto crescimento.

Mas é improvável que essas companhias conquistem grandes avanços.

"Temos a Nokia, um verdadeiro gigante; a Apple, com seus produtos deslumbrantes; e o Blackberry, que todo executivo precisa ter", disse Aloysius Choong, analista da IDC. "O que essas marcas de computadores poderão oferecer?"

Os fabricantes de computadores, menos conhecidos por sua criatividade do que por sua capacidade de produzir em massa, podem descobrir que vender celulares inteligentes depende mais de um belo design que de técnicas de marketing de massa.

"O estilo, a forma e marca são muito mais importantes, e a substância nem tanto", diz Choong, da IDC. "O universo dos celulares difere muito do universo dos computadores, e os compradores de celulares inteligentes usualmente preferem comprar alguma coisa que sentem afinidade."

O setor de computadores vem enfrentando uma rápida perda de demanda nos últimos meses, o que leva os fabricantes a buscarem novos produtos que os ajudem a retomar o crescimento.

A Acer e a Asustek revelaram novos modelos de celulares esta semana na feira setorial Mobile World Congress, em Barcelona.

A HP e a Lenovo já vendem celulares, e há rumores de que a Dell estaria considerando ingressar nesse mercado.

"Não vejo chance para os fabricantes de PCs", disse Robert Cozza, analista da empresa de pesquisa Gartner. "É uma decisão difícil e arriscada para eles, especialmente se quiserem entrar no setor agora, já que se trata de um negócio completamente diferente."


Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/02/18/ult3949u5409.jhtm

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