A versão antiga do browser da Microsof está gerando ódio na comunidade, que critica a falta de compatibilidade com tecnologias mais atuais
O desenvolvedor front-end, Pedro Rogério, cansou de apenas se manifestar em bate-papos sobre as dificuldades que o Internet Explorer 6 lhe impõe no seu trabalho. Ele publicou um script em um blog, no qual ensina como fazer com que uma janela pedindo a atualização do navegador apareça na tela de quem acessa um site por meio deste navegador antigo da Microsoft. "Fiz aquilo porque estava cansado de tanto utilizar formas alternativas para que os sites funcionassem no IE6", explica.
O post é intitulado "Como forçar os usuários a atualizar seu IE6". O método pouco ortodoxo de manifestação não é um exemplo isolado. Nas últimas semanas, a web tem sido movimentada por campanhas que pedem simplesmente a morte do IE6. O programa foi lançado em 2001 e atualmente a versão mais moderna é o IE8.
As críticas vão muito além da guerra dos browsers. Desenvolvedores de todo o mundo exigem que usuários troquem o IE6 por uma versão mais nova. Se quiserem optar pelo Firefox - preferido dos geeks -, Safari, Chrome ou Opera, tudo bem. Porém, a urgência, segundo eles, é enterrar definitivamente o IE6 no passado da internet.
As críticas são direcionadas para a total falta de compatibilidade do navegador com tecnologias mais atuais, como HTML5, CSS, XHTL e javascript. "Temos de utilizar de muitas gambiarras para que as coisas funcionem corretamente", argumenta Rogério. Em listas de discussões, o posicionamento é semelhante. Fazer um site rodar no IE6 tem sido uma penitência para técnicos web.
A manifestação em blog do desenvolvedor brasileiro não é isolada. O site IE6 Offenders pede para que funcionários denunciem as empresas que estão obrigando-os a trabalharem com o IE6. Já constam da lista companhias como Sony, IBM e Correios dos EUA. Todos são acusados de usarem softwares proprietários que não permitem a modernização ou terem políticas rígidas demais para a inovação da infraestrutura de TI.
Já o Bring Down IE6 é mais enfático. O site convoca designers e desenvolvedores a largarem as "gambiarras" e prega uma união mundial para mandar o navegador para o mesmo lugar onde está o Netscape 4 hoje. O IE6 Update é mais direto ainda: "ajude a matar o IE6".
Mesmo empreendedores estão preocupados com o tema. O IE6 No More, uma espécie de associação informal de startups típicas da web, protesta justificando que o IE6 atrapalha o contato com o consumidor final.
O movimento anti-IE6 chegou, é claro, no Twitter. Um aplicativo para a rede social permite que um logotipo no estilo "proibido IE6" seja colocado nas fotos dos usuários. A adesão tem sido grande.
A campanha está tão quente que até fez o Save IE6 manter a atualização até hoje. No site, há uma petição para que se mantenha o navegador no mercado. Em 21 de agosto, havia pouco mais de 1,3 mil assinaturas. Mas o espaço é uma espécie de 1º de abril e o endereço reúne depoimentos repletos de "humor ácido nerd".
Ainda hoje, o IE6 detém 20% de participação no mercado e a Microsoft promete suporte até 2014. Apesar das campanhas, o IE6 faz parte do dia a dia de muitas empresas e é parte fundamental na interface com sistemas corporativos.
Fonte: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=60285&utm_source=newsletter_20090827&utm_medium=email&utm_content=ticker_Especial%20IE6:%20desenvolvedores%20exigem%20atualiza%C3%A7%C3%A3o&utm_campaign=ITWebDirect
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