quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cresce venda de computadores na AL

Por Bruno do Amaral

O mercado mundial pode estar e baixa, mas a venda de computadores não dá sinais de cansaço ainda. De acordo com dados do IDC América Latina, já foram vendidos mais de 12,8 milhões de PCs na região, sendo que 70% desse total representa desktops (8,9 milhões de unidades) e 30% a venda de computadores portáteis (3,8 milhões de unidades de notebooks vendidos). Comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 25% nas vendas dos aparelhos.

De acordo com a pesquisa, a previsão de vendas até o final de 2008 será de 29,4 milhões de computadores, número 29% superior ao de 2007 (19.2 milhões unidades de desktops e 10.2 milhões de notebooks).

Os números mostram também uma tendência de vendas de notebooks, correspondendo a 35% do total de vendas em todas as categorias na América Latina. A previsão do estudo é que ainda chegue a 63% até 2012 - ao menos era, antes da crise mundial iniciada nos Estados Unidos. Isso ocorreu por conta da queda do dólar nos países do bloco, assim como a maior disponibilidade de crédito. O aquecimento na economia latino americana também indica a substituição do computador desktop pelo laptop.

"Percebemos que os usuários que já tiveram a experiência do primeiro computador sentem a necessidade de adquirir produtos com mais funcionalidades, maior mobilidade e maior poder de processamento, como processadores dual ou quad core e os preços em queda acentuam ainda essa tendência,”, analisa Jesus Maximoff, diretor geral de Intel para América Latina.

O estudo demonstra também a segmentação nas classes A e B, com consumidores demandando necessidades específicas para os computadores. Isso significa PCs dedicados a jogos, educação, centrais de mídia ou entretenimento, público infantil ou uso profissional.

Hoje, 67% do mercado de PCs na AL é formado por vendas para consumidor ou home, 37% de computadores para negócios e 8% de computadores destinados para educação e governo.

Um crescimento expressivo para América Latina está no segmento de educação e governo, onde é esperado um aumento de 54% nas vendas de computadores até o final de 2008, sendo este número representado por computadores empregados tanto nas estruturas acadêmicas (incluindo universidades) ou como no uso como ferramenta de trabalho. Já no segmento de home, o crescimento esperado é de 38%.

Penetração de Notebooks na América Latina

A mobilidade parece ser a bola da vez nos mercados dos países latinos emergentes. Espera-se um crescimento de 35% na venda de notes até o final de 2008, com o Chile, Colômbia e México impulsionando as vendas. Também até o final do ano, o bloco deverá apresentar um aumento na venda de dispositivos móveis como o iPhone 3G ou modens de banda larga móvel.

O desafio será oferecer uma infra-estrutura de internet com banda larga real na mesma velocidade na qual o mercado está crescendo. Maximoff acredita que será cada vez mais fundamental o desenvolvimento de uma infra-estrutura adequada, uma forte atuação do governo nesse sentido, definindo as regras e criando condições para os investimentos necessários, além dos desfechos de implantação da rede sem fio WiMAX que definirão os que o mercado deve seguir.

“O cenário latino-americano é otimista para 2008. Mobilidade, processadores de núcleos múltiplos e internet banda larga são as bolas da vez. Mas apostamos: esse ano será a ponta do iceberg em muitas áreas para adoção da tecnologia”, finaliza Maximoff. Esperamos que as crises nas bolsas não afete essa expectativa.

Fonte: http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=222

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