segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Novo leitor de PDFs é para máquinas poderosas, mas permite ver e interagir com alguns arquivos em 3D e vídeos

Por Camila Rodrigues da Silva

A cada versão, o Acrobat Reader (aquele programa usado para ler PDFs) fica mais pesado e com a versão 9, a mais recente, não foi diferente.

O programa de instalação para Windows tem 33,5 MB e o para Mac OS X tem 40,7 MB (na hora da instalação, o software alertou que ocuparia 251 MB!). Ainda não há versão para Linux disponível no site.

“Os requisitos estão muito próximos das configurações dos sistemas operacionais novos [Windows Vista e Mac OS ‘Leopard’]”, disse Luis Maian, gerente de vendas da Adobe.

Nem adianta instalar a nova versão se o seu computador não tiver memória de, no mínimo, 512 MB (e o desempenho não será grande coisa).

Mas o Reader 9 e o “fazedor de PDFs” Acrobat 9 estão com recursos sofisticados. Um dos destaques é a compatibilidade com vídeos em Flash, ou seja, é possível interagir com aplicativos, animações e filmes dentro do PDF.

Outra novidade é a compatibilidade com alguns programas que fazem projetos em 3D, principalmente com aqueles voltados para a área de engenharia civil e arquitetura, como AutoCAD e Bentley —softwares 3D voltados para animações, como Maia e Blender, ainda não estão contemplados.

“Um engenheiro que usa Bentley, por exemplo, precisa mandar um projeto para o cliente. Então, ele exporta o arquivo em PDF 3D pelo Bentley, e o receptor consegue fazer a rotação do desenho, controlar o ponto de luz e ver a superfície tanto como um sólido quanto como estrutura de arame”, detalha Maian.

Quem quiser fazer esse tipo de arquivo, no entanto, terá que ter a versão Professional Extended (preços daqui a pouco) e o efeito não é obtido em animações feitas em Maia e Blender, por exemplo. “A parte 3D do Acrobat não foi feita para parte de desenho e animação, mas mais para a parte técnica de engenharia e arquitetura”, diz Maian.

Segundo o executivo, o Acrobat também permite inserir um vídeo em Flash no Word e exportar o arquivo em PDF, que manterá a interação com o filme.

Outra função é a revisão online, pelo site Acrobat.com: outra pessoa pode ver a sua tela do Acrobat a partir de outro computador e interagir, sugerindo mudanças, por exemplo.

Para quem conhece o Google Docs, o processo é parecido: quem faz o arquivo envia um link por e-mail que é acessado por outra pessoa.

Maian diz que a pessoa que é convidada a interagir não precisa ter o Acrobat, somente quem produziu o arquivo; para acessar o link, basta fazer uma conta no site (login e senha) e acessar o endereço que o emissor enviou.

Usuário do Photoshop Express (alguém usa aquilo?) podem usar a mesma senha —eu testei e deu certo.

Fonte: http://uoltecnologia.blog.uol.com.br/arch2008-10-05_2008-10-11.html#2008_10-06_13_44_23-130772099-29

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