quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Designers não vivem sem: o lado criativo da música

Por Rodrigo Strada

O pessoal de criação se divide em dois grandes grupos: aqueles que não conseguem produzir sem trilha sonora e os que preferem mil vezes o silêncio, para que a música não atrapalhe a concentração. Como é com você?


Desde pequeno, aprendi que a música e a criação podem caminhar juntas. Lembro de ter ganho o LP “A Arca de Noé”, de Vinícius de Moraes, quando eu tinha quatro anos. Eu ouvia e montava minha própria arca fazendo altas colagens e diagramações esdrúxulas com os elementos que vinham nele. Na época de escola, perdi a conta de quantas folhas de caderno gastei tentando copiar os logotipos e ilustrações das bandas que mais gostava. Maldito Eddie…

E continua assim até hoje. Faço da música meu instrumento principal de criação. Não consigo imaginar uma peça ou um conceito sem que a música interfira diretamente na solução.

Quer uma prova? Entre nas salas de criação de qualquer agência para verificar que fones de ouvido, iPods e caixas de som são itens obrigatórios na maioria das mesas dos designers. Cada um em seu mundo paralelo, escutando sons e ritmos mais distintos possíveis e tranformando, talvez, a letra, o ritmo e o sentimento que aquela música está passando, naquele momento num trabalho consistente.

Também há o outro lado da moeda, das pessoas que necessitam de total silêncio na hora criativa. Estes dizem que a música “distrai” e “desconcentra”. Pode ser. Mas acho importante ter a influência da música em todo processo criativo e usá-la para recorrer às diversas formas, estilos e pensamentos de toda a história para se obter uma base, um fundamento.

E acredito, sempre, que, ao me concentrar para cada novo job, a música vem ser a minha fonte principal do que costumeiramente chamam de “inspiração”. Com muito rock e jazz, por favor!

Fonte: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/10/15/designers-nao-vivem-sem-o-lado-criativo-da-musica/

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